COP 30, as discussões sobre energia limpa e o uso de geradores a diesel: por que isso acontece e quais soluções já existem
A COP 30, sediada em Belém, tem como uma de suas principais missões discutir o futuro climático do planeta e impulsionar a transição para fontes de energia mais limpas. Entretanto, como ganhou destaque na mídia nos últimos dias, caminhões estão chegando constantemente ao evento para abastecer geradores a diesel, responsáveis por manter a energia necessária na estrutura, incluindo o ar-condicionado.
A cena gera estranhamento: em um encontro global dedicado à redução do uso de combustíveis fósseis, o diesel segue como protagonista da infraestrutura energética temporária. Ainda assim, esse cenário não deixa de evidenciar um paradoxo real, mas também reflete limitações logísticas típicas de eventos de grande porte.
Por que grandes eventos ainda dependem de geradores a diesel?
Apesar de causar impacto ambiental e simbólico, o uso de geradores a diesel não é incomum em conferências, feiras e outros eventos de grande circulação. Os principais motivos incluem:
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Infraestrutura elétrica local insuficiente para suportar picos temporários de demanda.
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Necessidade de fornecimento contínuo de energia, mesmo em caso de instabilidades na rede.
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Estruturas montadas temporariamente, que exigem soluções rápidas, robustas e de alta potência.
Portanto, a dependência do diesel costuma surgir como uma garantia operacional. Contudo, isso não significa que alternativas não existam. Pelo contrário, a tecnologia atual já permite operações sustentáveis em estruturas fixas e temporárias, inclusive em regiões mais desafiadoras.
Quais seriam alternativas mais sustentáveis?
As soluções de armazenamento de energia combinadas ao fotovoltaico representam um caminho viável e eficiente para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, promovendo autonomia e maior segurança energética. Além disso, são opções já testadas em diferentes contextos ao redor do mundo.
Miniusinas solares temporárias
Instalações fotovoltaicas modulares podem ser montadas e desmontadas rapidamente. Elas reduzem a dependência de diesel, fornecem energia limpa durante o dia e aliviam a carga da rede local. Dessa forma, tornam-se especialmente úteis em festivais, obras remotas e bases temporárias em diversos países, onde a logística precisa ser ágil e eficiente.
Sistemas híbridos com baterias de lítio
A alternativa mais eficiente para substituir geradores convencionais em eventos é a combinação de inversores híbridos, baterias de lítio e painéis solares. Com esse conjunto, é possível garantir energia contínua, estabilizar picos de demanda, reduzir drasticamente o uso de diesel e operar mesmo durante a noite ou sob baixa irradiação solar. Consequentemente, essa tem sido a solução mais recomendada para eventos de grande porte que exigem alta confiabilidade energética.
Um momento decisivo para o Brasil
A COP 30 é um marco histórico. O fato de o evento ainda depender de geradores a diesel reforça a urgência de avançarmos na adoção de soluções limpas não apenas no discurso, mas na infraestrutura dos grandes encontros globais. Assim, torna-se evidente que a tecnologia está disponível, as alternativas são viáveis e a transição para eventos mais sustentáveis é essencial para alinhar logística, discurso e impacto ambiental.
Por que essa discussão importa?
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A COP 30 acontece em 2025, um ano crítico para metas climáticas internacionais.
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O Brasil tem potencial para liderar o uso de energia limpa em grandes eventos.
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Soluções de energia solar combinadas ao armazenamento já são realidade e podem ser aplicadas imediatamente.
Portanto, colocar esse tema em debate abre caminho para que futuros eventos, no Brasil ou no mundo, adotem práticas alinhadas ao propósito central da conferência: construir um futuro energético mais limpo, seguro e sustentável.