Mercado de armazenamento por baterias no Brasil pode movimentar R$ 77 bilhões até 2034
O mercado de armazenamento de energia por baterias no Brasil está prestes a entrar em um ciclo de crescimento acelerado. De acordo com um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (Absae), o setor poderá movimentar cerca de R$ 77 bilhões até 2034, alcançando 72 GWh de capacidade instalada.
Mercado de armazenamento de energia por baterias no Brasil pode movimentar R$ 77 bilhões até 2034
O mercado de armazenamento de energia por baterias no Brasil está prestes a entrar em um ciclo de crescimento acelerado. De acordo com um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (Absae), o setor poderá movimentar cerca de R$ 77 bilhões até 2034, alcançando 72 GWh de capacidade instalada. Este crescimento coloca o mercado brasileiro em posição de destaque na transição energética nacional.
Marco Legal do Armazenamento: chave para atrair investimentos
O avanço do setor será impulsionado por leilões já previstos, pelo crescente interesse de investidores e, principalmente, pela aprovação do Marco Legal do Armazenamento. Essa medida é considerada essencial para garantir segurança jurídica e acelerar a entrada de novos investimentos no segmento. Com isso, cria-se um ambiente mais estável, fortalecendo a confiança de empresas e investidores no mercado de armazenamento de energia por baterias no Brasil.
Segmentos com maior potencial de crescimento
Off-grid é o primeiro mercado em destaque, voltado para sistemas isolados, eletrificação rural e programas como o Luz para Todos. A projeção é que ele represente 13% da capacidade total, alcançando 9,3 GWh até 2034. Nesse cenário, a hibridização com sistemas solares e baterias deve reduzir a dependência do diesel, trazendo ganhos ambientais e econômicos. O agronegócio irrigante será um dos principais beneficiados, já que enfrenta atualmente um déficit energético de 4,2 GW.
Reserva de Capacidade aparece como uma solução altamente competitiva para suprir o déficit de potência do Sistema Interligado Nacional (SIN). A expectativa é atingir 30 GWh de capacidade até 2034. Entretanto, existe uma necessidade urgente de 4 GW já em 2027, e a meta é alcançar 9 GW (28 GWh) até 2030, evidenciando a urgência desse segmento no planejamento energético nacional.
Comercial e Industrial (C&I) é o mercado considerado mais promissor. Empresas de média e alta tensão têm adotado baterias para estratégias como o load shifting no horário de ponta, garantindo economia e maior confiabilidade no fornecimento. Dessa forma, esse segmento pode responder por 45% de toda a capacidade instalada, alcançando 32 GWh e movimentando até R$ 32 bilhões até 2034. O ponto forte, nesse caso, está no retorno financeiro, já que o payback médio é estimado em apenas 4 anos.
Benefícios ambientais do armazenamento de energia
Além do impacto financeiro, o estudo da Absae reforça que o avanço do armazenamento de energia terá reflexos positivos no meio ambiente. Assim, a substituição do diesel por sistemas híbridos deve eliminar mais de 1 bilhão de litros desse combustível até 2034. Consequentemente, haverá a redução de milhões de toneladas de CO₂ lançadas na atmosfera. Portanto, essa mudança fortalece a transição para uma matriz energética mais limpa, sustentável e alinhada às metas de descarbonização.
Perspectiva para o futuro
O mercado de armazenamento de energia por baterias no Brasil está em plena ascensão e se consolidando como protagonista da transição energética nacional. Com a expectativa de movimentar R$ 77 bilhões até 2034, o setor oferece oportunidades únicas para empresas e investidores.
Por isso, antecipar-se a esse movimento pode significar ganhos financeiros relevantes em curto prazo e benefícios ambientais sólidos em longo prazo. Em outras palavras, o futuro da energia no Brasil passa, inevitavelmente, pelo mercado de armazenamento de energia por baterias no Brasil.